terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Quinto Império

Pessoa diz no poema "Quinto Império": "Ser descontente é ser Homem."
Os alunos do 12ºA comentaram:

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sexta-Feira

Tantos anos a estudar para acabar desempregado
Ou num emprego da treta, mal pago
E receber uma gorjeta que chamam salário
Eu não tirei o Curso Superior de Otário
… não é falta de empenho
Querem que aperte o cinto mas nem calças tenho
Ainda o mês vai a meio já eu ‘tou aflito
Oh mãe fazias-me era rico em vez de bonito

É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom Bom Bom Bom
Já Já Já Já

Eles enterram o País o povo aguenta
Mas qualquer dia a bolha rebenta
De boca em boca nas redes sociais
Ouvem-se verdades que não vêm nos jornais
Ter carro é impossível
Tive que o vender para ter combustível
Tenho o passe da Carris mas hoje estão em greve
Preciso de boleia, alguém que me leve

É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom Bom Bom Bom
Já Já Já Já

É sexta-feira
Quero ir p’ra brincadeira
Mas eu não tenho um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom Bom Bom Bom
Já Já Já Já

Basta ser honesto e eu aceito propostas
Os cotas já me querem ver pelas costas
Onde vou arranjar dinheiro para uma renda?
Não tenho condições nem para alugar uma tenda
E os bancos só emprestam a quem não precisa
A mim nem me emprestam pa mudar de camisa
Vou jogar Euromilhões a ver se acaba o enguiço
Hoje é sexta-feira vou já tratar disso

É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom Bom Bom Bom
Já Já Já Já

É sexta-feira
Quero ir p’ra brincadeira
Mas eu não tenho um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom Bom Bom Bom
Já Já Já Já
Bom Bom Bom Bom
Já Já Já Já

Tem que ser BOM
JÁ!

Boss AC

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Olho o Mundo...


Olho o Mundo . Reparo nas pessoas. Anoto as impressões . Reflito acerca da vida. Haverá muito que refletir? A vida é feita de altos e baixos, mas isso já toda a gente sabe! A vida é um conjunto de alegrias e tristezas, fascínios e poucas realidades. Enganar é um ato banal, mentir é mais fácil que dizer a verdade. O disfarçado egoísmo está sempre em primeiro lugar. O amor, esse,  anda perdido. Difícil é a desilusão. Será desiludir ou ser desiludido? Ser desiludido por quem gostamos ou por nós mesmos? Questiono-me acerca de tantos assuntos. Ninguém responde como eu quero ouvir, ninguém responde sequer. Seres humanos são passivos. Porquê que existe pessoas de um mundo aparte do nosso? Porquê que nada é ideal? Ninguém responde mais uma vez. Diria quase que as minhas palavras são mudas e os ouvidos dos outros inúteis porque não absorvem aquilo que deveria ser absorvido e não absorto. Eu compreendo que a diferença existe; compreendo que não há seres iguais; compreendo tudo, sim, só não compreendo o que não quero. Toda a gente assim o é. Por fracasso, por orgulho, por impaciência, por estupidez, por oposição obcecada, por amor próprio não compreendem. Por amor, por saudade, por pena, por falta de coragem, sim, compreendem. Um lado meu começa por ter raiva das pessoas que não se desenvolvem, outro espera com paciência que haja qualquer sinal de evolução. Um dia rio da verdade, outro rio da falsidade. Um dia choro da verdade, outro dia choro da falsidade. Sofro com a noite, sou forte com a luz do dia. Sofro ou levanto-me ao ver o olhar daqueles que me olham também. Sofro porque quero, não porque ninguém está lá a fazer sofrer. Gosto porque quero, não porque ninguém me obriga a gostar. Sou feliz porque não há infelicidade. Existirá alguém infeliz?! Claro que não. Alguém tem felicidade e orgulho em alguma coisa por mais ínfima que seja.
Sara Rocha
Colégio Nª Srª da Boavista
11ºA

domingo, 18 de dezembro de 2011

Confúcio

"Num mundo culto temos uma conduta florida, num mundo inculto temos discursos floridos."

Enviada por João Roque

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Enquanto a cultura agoniza...

Enquanto a cultura agoniza. E nela a arte. E nela a literatura. E nela o romance. E desejar recomeçar. Enquanto agonizam as nossas convicções, a nossa ideologia, a nossa capacidade física. E querer por força não desistir. Enquanto se esvai o nosso pequeno pecúlio de coisas a dizer, de experiência acumulada, de interesse em continuar, mas continua-se sempre para a morte não ter razão. E a vida a ter contra ela. Como uma moeda que se guarda para uma economia que se não sabe. Como se guardava outrora uma brasa sob as cinzas para ser lume outra vez em calor e iluminação.

Vergílio Ferreira, Pensar, Bertrand Editora, p. 114.